terça-feira, 28 de julho de 2009

"Toda linha reta é o arco de um círculo infinito"



Esta frase que intitula o post é criação do grande escritor argentino Jorge Luis Borges. Citei ela só para exemplificar como são várias as formas de se enxergar um mesmo asunto, um mesmo tema, um mesmo objeto. Esse prisma diferenciado sobre o comum sempre chamou muito minha atenção. O exercício do design tem muito disto. E este post trata exatamente deste tema, design. Como sei que vários leitores do nosso humilde blog também partilham do mesmo interesse, trago uma dica imperdível, ou melhor, um convite. A designer Daisy Dalberto, profissional aqui de Joinville, tem um blog chamado Objeteria, http://www.objeteria.wordpress.com/, onde posta muito material interessante sobre o assunto.
Vocês devem estar pensando "legal, mas o que o cartaz dos Curingas tem com isso?!" , bom, a Daisy também foi responsável pela criação da logo da banda e do cartaz do primeiro show d'Os Curingas (este aí acima). Uma honra para nós, é claro. O convite está feito, visitem e aproveitem.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A HISTÓRIA DE AMOR ENTRE O SILÊNCIO E A PALAVRA

Mais uma letra d'Os Curingas. Essa música já foi gravada, em pouco tempo estará disponível no myspace da banda. Pensei em várias maneiras de apresentar uma letra que fala do amor e dos desamores entre dois belos personagens, o Silêncio e a Palavra, mas quanto mais se explica menos se imagina, assim, calo.

Dos sons do mundo inteiro
gritos de fevereiro
o canto do vento
os suspiros e o lamento
De todas as sinfonias
todas as harmonias
ao que geme ao que estala
O SILENCIO CALA
De todas as mordaças
do vazio das praças
bocas emudecidas
afônicas saídas
De toda a madrugada
e na foto tirada
a garganta entala
A PALAVRA FALA
No vazio da sala o silencio chora segredos
a paixão pela palavra que lhe escapa entre os dedos
seu desejo eterno de gritar
Também a palavra sonha em ser a sua amada
mas para escutar o silêncio é preciso estar calada
morrer para poder amar
Nem toda palavra é de amor
Nem todo silêncio é de dor
A palavra emudece quando um beijo lhe aquece
Nem toda palavra é de amor
Nem todo silêncio é de dor
O silêncio reclama quando o corpo se inflama
F.R.

sábado, 18 de julho de 2009

Olhar


...o tamanho dos nossos medos, nossas virtudes,
o que é detalhe, o que é óbvio,
nenhuma grandeza é sincera,
tudo hesita de acordo com a inocência de nossa perspectiva...

Leitura Curinguense


Pois é pessoal, alguns dias de ausência, na verdade uma retirada estratégica. Buscar impulso para continuar batalhando a viabilidade de gravar nosso cd após depositar muita expectativa em sermos contemplados no Edital da Cultura do Município, expectativa que acabou não se confirmando. Nem para nossa banda nem para qualquer outra banda que trabalhe de forma autoral...bom, desabafo feito, assunto fechado. Trago hoje para o blog o comentário sobre um livro que me surpreendeu bastante, chama-se Cidade de Ladrões. A hsitória se passa em Leningrado, durante a segunda guerra. Uma cidade sitiada pelos alemães onde tudo pode acontecer. Um lugar sem lei, abandonado pelos poderes organizados, miserável pela situação de sítio, onde vende-se carne humana no mercado, um cemitério gigante. Neste cenário, dois jovens têm seus destinos cruzados em uma grande aventura, uma missão, conseguir uma dúzia de ovos para o bolo de casamento da filha de um coronel. Missão quase impossível, diga-se de passagem. Com personagens extremamente bem trabalhados e uma vista histórica apurada, o jovem e talentoso escritor americano David Benioff, inunda a história de detalhes que dão cor e vida a narrativa. Muitos deste detalhes garimpados das memórios do seu avô, tesmunha ocular deste período.
O livro arrancou ótimas críticas, como o comentário de Khaled Hosseini, autor de O Caçador de Pipas , que disse, "Cidade de Ladrões é emocionante, iluminador, impactante".
Uma pena que terminou, o final de um livro bom é sempre sentido, assim, como quem parte e deixa saudade.