Dos sons do mundo inteiro
gritos de fevereiro
o canto do vento
os suspiros e o lamento
De todas as sinfonias
todas as harmonias
ao que geme ao que estala
O SILENCIO CALA
De todas as mordaças
do vazio das praças
bocas emudecidas
afônicas saídas
De toda a madrugada
e na foto tirada
a garganta entala
A PALAVRA FALA
No vazio da sala o silencio chora segredos
a paixão pela palavra que lhe escapa entre os dedos
seu desejo eterno de gritar
Também a palavra sonha em ser a sua amada
mas para escutar o silêncio é preciso estar calada
morrer para poder amar
Nem toda palavra é de amor
Nem todo silêncio é de dor
A palavra emudece quando um beijo lhe aquece
Nem toda palavra é de amor
Nem todo silêncio é de dor
O silêncio reclama quando o corpo se inflama
F.R.
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